Os servidores municipais de Joinville decidiram hoje (12/6) encerrar a greve, que já chegava ao 24º dia. Foram 25 dias paralisados, contando-se a paralisação de 19 de maio. Os trabalhadores retornam ao trabalho a partir de amanhã e acataram a proposta feita pela Prefeitura em 30 de maio.
A reposição salarial será de 5,82% referente a maio e o ganho real será de 1,18% em janeiro de 2015. O valor do vale-alimentação aumentará em 20% e até janeiro do ano que vem todos os servidores que recebem até R$ 4.381,89 (grupo salarial 15) receberão este benefício. A relação de todas as reivindicações conquistadas com a greve de 2014 pode ser acessada no site do Sinsej (www.sinsej.org.br).
Dias parados
Nessa terça-feira, a Prefeitura informou que mantinha o que já havia oferecido para a categoria, inclusive no que se referia à negociação dos dias paralisados até então, mas que descontaria as horas de greve a partir do dia 31. Os servidores pediam para repor este período. Além da perda financeira, eles tinham a consciência de que alunos, pacientes e comunidade em geral aguardam a reposição do trabalho represado.
Os diretores do Sinsej tentaram conversar com o prefeito Udo Döhler pelo telefone pessoal, por meio dos vereadores, do PMDB de Joinville, dos secretários de governo, entre outros. Porém, o chefe do Executivo manteve-se irredutível. Dez minutos antes da assembleia desta manhã, a Prefeitura enviou um comunicado em definitivo por e-mail ao sindicato, afirmando que mantinha a posição de desconto dos últimos 13 dias de greve. De acordo com a mensagem, os servidores poderão optar em pagar estas horas em três vezes, nos meses de julho, agosto e setembro, ou no 13º salário. O documento foi assinado pelo secretário de Gabinete, Afonso Fraiz.
Os dias 19 e 30 de maio já haviam sido abonados e os demais deverão ser repostos com as mesmas regras do ano passado. São elas: reposição de hora por hora até dezembro, sem desconto ou falta injustificada. O servidor que optar individualmente por não repor, terá desconto em janeiro.
O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, ressaltou que terminar a greve não significava abrir mão de lutar pela reversão do desconto das horas. “Se não resolver este ano será o primeiro ponto de pauta do ano que vem. Se não for neste governo, cobraremos do próximo”.
Os servidores também abrirão uma campanha de diálogo com a comunidade. “O prefeito decidiu hoje não só atacar os servidores, mas a população de Joinville, ao privar os alunos da reposição das aulas, ao privar os pacientes dos atendimentos represados”, falou Ulrich.
Fotos: Johannes Halter.