Advogada cansada de ver a situação do CEI Padre Carlos resolve protestar nas redes sociais

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“Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste é vê-los sentados, enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.” (proposta pedagógica do antigo CEI Padre Carlos, estampada uma poesia de Carlos Drummond de Andrade em sua página na internet).

Professora de Direito de Família e advogada atuante, Milena Furghestti Machado, resolve mostrar sua indignação com o poder público perante a situação de abandono que o Centro de Educação Infantil Padre Carlos se encontra.

Ao se descolar de casa para o trabalho, diariamente, a professora de direito se deparava com a situação desoladora vista na foto acima, até que na noite desta última quarta-feira 23/10, decidiu colocar a boca do trombone e cobrar respostas das autoridades. O desabafo da professora pode ser lido a seguir:

Milena-300x160 Advogada cansada de ver a situação do CEI Padre Carlos resolve protestar nas redes sociais

“Em tempos onde cada uma protesta da sua maneira, resolvi contribuir modestamente! Todas as semanas passo em frente ao CEI Padre Carlos e vejo a situação degradante da foto: completamente abandonado! Não faltam centenas/milhares de vagas nos CEI’s??? Qual a razão para esse descaso? Era uma escola de referência em Joinville em Joinville tempos atrás. Lembrando que ainda temos 05 escolas estaduais interditadas na cidade: Conselheiro Mafra (parcialmente), Maria Amin Ghanem, Annes Gualberto, Francisco Eberhardt e Oswaldo Aranha, sem comentar os outros problemas que superam a questão de mínima estrutura física dessas escolas. Todos os anos quando leciono Direito da Criança e Adolescente toco nesse problema, já faz quase 04 anos que a situação não muda. Onde está o “ensino público gratuito e de qualidade”??? Balela!!! Esse post não tem nenhum cunho político, SOLUCIONEM O PROBLEMA, basta!”, escreveu a professora.

O que antes era um local para aprendizado e formação, hoje se transformou em abrigo para sem tetos e usuários de crack, onde o odor de fezes e urina podem ser sentidos por qualquer um que estiver passando pela calçada.

Entenda melhor o problema:

Não é de hoje que os moradores de Joinville vêm sofrendo com a falta de vagas em CEI’s da cidade; o problema vai desde um histórico de atrasos na folha de pagamento dos professores, atrasos da conclusão de novos CEI’s e até o total abandono de CEI’s que anteriormente estavam em pleno funcionamento.

O CEI Padre Carlos foi interditado pela Vigilância Sanitária em 2009, devido a problemas estruturais, como infiltrações e goteiras nas salas de aula. Uma reforma chegou a ser feita, mas as aulas seguiram por pouco tempo. Os alunos foram remanejados para outros centros de educação infantil ou transferidos para salas adaptadas na Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos, no Bucarein. E desde então, o espaço em um dos endereços mais nobres da cidade virou um retrato do abandono.

Autora da reclamação: Milena Furghestti Machado é formada em Direito pela UNIVILLE, pós-graduada pela Escola do Ministério Público de Santa Catarina, mestre em Ciência Jurídica pela UNIVALI. Advogada e professora na Faculdade Cenecista de Joinville – FCJ e Associação Catarinense de Ensino – ACE

Com informações de Notícias do Dia

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Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, cofundador da Associação das Letras com sede no Brasil (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 35 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, assessoria de imprensa, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011), Gente Nossa (2014) e Tinha um AVC no Meio do Caminho (2024). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.