O profissional vai, mas a obra fica – Morte de Joelmir Beting

imagem_joelmir-300x165 O profissional vai, mas a obra fica - Morte de Joelmir BetingNa madrugada desta quinta-feira, 29, o jornalismo brasileiro perdeu Joelmir Beting, 75, que sofreu um acidente vascular hemorrágico cerebral no domingo, 25. Profissional que passou por grandes veículos de comunicação do País, como Rede Globo, Folha de S. Paulo e Grupo Bandeirantes – seu último emprego – sempre se destacou por criar frases históricas, tanto nos tempos de cronista esportivo como nas últimas décadas, quando se dedicou à cobertura da Economia.

Para registrar a carreira de Joelmir, o Comunique-se reúne frases atribuídas ao jornalista. Pensamentos que já estão publicados nos sites Frases Famosas e Pensadores (UOL), nas redes sociais e na página da Band na internet. Na lista de fatos que marcaram a sua carreira está a ideia que eternizou o termo “gol de placa”.

“Não sou autor da expressão gol de placa. Eu sou o autor da ‘placa do gol’”, disse ao participar do ‘Jogo Aberto’, em agosto de 2011. Ele se referia à ideia de fixar uma placa no Maracanã para homenagear um belo gol que Pelé fez contra o Fluminense, em 1961. Veja, além da ‘placa do gol’, frases do jornalista Joelmir Beting:

“Quem não deve não tem”.

“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível”.

“As Bolsas de Valores, como os aviões, são cem por cento seguras: todo avião que sobe, desce”.

“Temos seis calendários no mundo de hoje: o calendário gregoriano ou cristão, o calendário judaico, o calendário islâmico, o calendário japonês, o calendário chinês e o calendário brasileiro”.

“Se não podemos melhorar o que causa a febre, pelo menos temos de melhorar a qualidade do termômetro”.

“A natureza não se defende; ela se vinga”.

“Metade da humanidade passa fome. A outra metade faz regime”.

“Em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente”.

“Não há soluções políticas para problemas econômicos”.

“Você só consegue explicar aquilo que entendeu”.

“Modernizar não é sofisticar. Modernizar é simplificar”.

“Quando os preços sobem é inflação; quando descem é promoção”.

“A gestão da economia tem apenas dois problemas: quando as políticas fracassam e quando as medidas funcionam”.

“A verdade é que o Brasil teima em não fazer 70% do que deveria fazer, nem 50% do que já poderia ter feito. O tal de neoliberalismo nada tem a ver com isso”.

“No Brasil, fomos dopados pela cultura da abundancia, irmã siamesa da cultura da ineficiência, da acomodação e da tolerância; responsável pelo nosso atávico desperdício de terra, de água, de mata, de energia, de sossego e de gente”.

“É melhor uma Ford na Bahia do que na Argentina. As isenções fiscais referem-se a impostos futuros que não existiriam sem a fábrica funcionando”.

“PT é, de fato, um partido interessante. Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos”.

Do Comunique-se

Share this content:

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, cofundador da Associação das Letras com sede no Brasil (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 35 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, assessoria de imprensa, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011), Gente Nossa (2014) e Tinha um AVC no Meio do Caminho (2024). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.