Acreditem… Arena está voltando ao cenário político brasileiro

Panfletos distribuídos à época do bipartidarismo contra o partido do governo militar, a antiga Arena

Diário Oficial da União publicou nesta terça-feira 13 o estatuto e o programa da Aliança Renovadora Nacional, a nova Arena. Conforme o documento, o partido “possui como ideologia o conservadorismo, nacionalismo e tecno-progressismo, tendo para todos os efeitos a posição de direita no espectro político”. O texto do estatuto também diz que, em respeito a convicções ideológicas de direita, “não coligará com partidos que declaram em seu programa e estatuto a defesa do comunismo, bem como vertentes marxistas”.

O novo programa se baseia no “desenvolvimento de uma sociedade justa e com qualidade de vida estrutural e educacional”. Prega o incentivo ao nacionalismo brasileiro, a promoção do avanço científico por meio de políticas públicas e o desenvolvimento da cidadania, opinião crítica e social.

Também pretende resguardar a soberania nacional, o regime democrático e o pluralismo político “de toda forma de uniformidade de pensamento ou hegemonia política” e se denomina como um “partido de pessoas para pessoas”.

Segundo o texto, o Arena seria controlado por um “Conselho Ideológico”, instância “suprema” composta por cinco membros permanentes e vitalícios e quatro indicados por membros.

Criado em 1965 com o objetivo de dar sustentação política à ditadura, a antiga Arena foi extinta há mais de três décadas. Em julho deste ano, um movimento liderado pela estudante de Direito Cibele Bumbel Baginski, de 23 anos, decidiu refundar o partido.

A publicação no Diário Oficial é necessária para que a legenda comece a coletar as cerca de 500 mil assinaturas exigidas para o registro na Justiça Eleitoral. Com isso, poderá disputar eleições e a ter direito a uma parcela do Fundo Partidário, mantido com recursos da União.

Da Carta Capital On Line

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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