Combate ao trabalho escravo tem semana de debates no país

Às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, no próximo sábado (28), debates organizados em diferentes cidades do país discutem formas de se lutar contra esse tipo de exploração abusiva de mão de obra. Nos dois últimos anos, a data foi marcada por atos semelhantes. Na terceira edição, promovem as atividades secretarias estaduais e municipais do trabalho, além do Ministério do Trabalho e Emprego e outros órgãos envolvidos com a questão.
Os primeiros eventos ocorrem nesta terça-feira (24), em Brasília e em dois municípios do Piauí – Monsenhor Gil e Oeiras, respectivamente a 59 e 270 quilômetros ao sul da capital, Teresina. Na capital federal, os eventos são promovidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego em conjunto com a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, órgão criado em 2003, vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos do governo federal. Um manual sobre o combate ao trabalho em condições análogas ao de escravo será lançado às 10h30.
Há eventos previstos para Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Na capital gaúcha, durante o Fórum Social Temático, haverá um debate com a participação da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, no sábado. Estão confirmadas as presenças de Luiz Antônio Camargo, procurador geral do Ministério Público do Trabalho, Daniel Avelino, procurador da República no Pará, e Jônatas Andrade, magistrado da Justiça do Trabalho no Pará.
O dia 28 de janeiro foi escolhido para homenagear três auditores fiscais e um motorista assassinados em 2004, na zona rural de Unaí (MG), 600 quilômetros a noroeste de Belo Horizonte e a 170 de Brasília. Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e Ailton Pereira de Oliveira formavam um grupo que vistoriava condições de trabalho e moradia de colhedores de feijão. O município mineiro é o maior produtor do grão no país. Entre os acusados como autores e mandantes da Chacina de Unaí, quatro réus encontram-se em liberdade, beneficiados por habeas corpus. Outros cinco (acusados de participar da execução) permanecem presos.
Do Observatório Social
Share this content:
Publicar comentário