Setor vinícola brasileiro projeta negócios de 1 milhão de dólares em feira alemã

Termina nesta terça-feira (29/03), na cidade alemã de Düsseldorf, a ProWein, uma das mais importantes feiras de vinho da Europa – ao lado da Vinexpo, em Bordeaux (França), e da Vinitaly, em Verona (Itália).
Produtores brasileiros de vinho esperam dobrar o faturamento com as exportações, que no ano anterior alcançou 2,3 milhões de dólares. Preço elevado é uma das barreiras do produto nacional.

“O Brasil é uma marca forte, as pessoas têm uma imagem positiva do país, querem provar coisas brasileiras. Com isso, nosso vinho não tem rejeição no mercado internacional”, garante Andreia. “O vinho brasileiro é um produto novo, que está iniciando um processo de inserção agora. É uma página em branco que a gente está começando a escrever”, diz.

Apesar de algumas empresas nacionais já exportarem para até 20 países, ainda existem grandes dificuldades de penetração do vinho brasileiro no mercado internacional. Uma delas, segundo o gerente-comercial da importadora Sucos do Brasil, Christian Wurm, é o preço. A produção no Brasil não é barata, avalia Wurm, o que dificulta a competição com países vizinhos, como Chile e Argentina, que conseguem oferecer produtos mais em conta ao consumidor final. Produtores nacionais reclamam dos altos custos de distribuição e de insumos no Brasil, além da pesada carga de impostos.

Os produtores brasileiros esperam faturar alto no mercado internacional em 2011 – pelo menos 90% a mais do que no ano passado, quando o país exportou 2,3 milhões de dólares da bebida. Além de pesados investimentos na produção e em prospecção de negócios, os produtores esperam contar com a curiosidade pelo vinho brasileiro no exterior para entrar com tudo em países como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha – considerados os três maiores e mais difíceis mercados mundiais.

Para 2011, no entanto, as expectativas são boas. “O Brasil tem um bom vinho. Então é possível investir mais nas classes média e alta. Nessa categoria, é possível competir no preço com praticamente todos os países”, avalia o gerente-comercial. A Sucos do Brasil importa atualmente entre 40 mil e 50 mil garrafas de vinho brasileiro por ano, e espera um crescimento de até 25% de aumento da demanda europeia em 2011.

Dw-world.de

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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