A política do Ministério da Educação de inclusão dos alunos com necessidades especiais (PNEs) nas escolas convencionais não passa pela boca do caixa. Levantamento realizado pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) mostra que, desde 2008, não há qualquer verba no Orçamento do MEC para educação, gestão das políticas ou qualificação de pessoal para educação especial.
Além disso, apenas 50%, em média, das verbas destinadas a Desenvolvimento da Educação Especial foram pagas nos últimos cinco anos. A política de inclusão prevê o fechamento dos institutos Benjamin Constant (para cegos) e o de Educação de Surdos (Ines), o que provocou protestos de pais e educadores, que afirmam que as escolas convencionais não estão preparadas para atender às crianças e adultos com necessidades especiais.
Otávio Leite propôs, na Câmara dos Deputados, a convocação do ministro da Educação, Fernando Haddad, para uma audiência pública sobre a questão. Da reunião devem participar os diretores dos institutos especializados, além de pais e educadores. A convocação será votada próxima terça-feira.
No Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, será realizada uma passeata a favor de um “ensino inclusivo de qualidade”. Segundo os organizadores do movimento, em reunião com a Secretaria municipal de Educação, foi dito que a prefeitura não tem um projeto objetivo de educação inclusiva. A passeata sairá às 10h da Candelária, rumo à Cinelândia.
Monitor Mercantil
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