Memória: 79 anos do voto feminino no País

Alzira Soriano (à direita), a primeira mulher prefeita da América do Sul. Carlota Pereira (à esquerda), eleita para a constituinte de 1933.
Alzira Soriano (à direita), a primeira mulher prefeita da América do Sul. Carlota Pereira (à esquerda), eleita para a constituinte de 1933.
Em 24 de fevereiro de 1932, a mulher conquistou o direito de votar no Brasil. Nesse dia foi aprovada a inclusão do voto feminino no Código Eleitoral Provisório, resultado de intensa campanha nacional.

O direito ao voto feminino é parte da luta pela emancipação da mulher, iniciada no século 17 entre as mulheres de classe média. A partir do século 19, com a industrialização, o movimento ganhou a adesão das operárias.

No início do século 20, os imigrantes trouxeram as ideias anarquistas para o País e as operárias, organizadas no movimento sindical em fase de estruturação, deram impulso à luta pelo voto feminino.

A primeira vitória não demorou. Em 1927, o governador do Rio Grande do Norte cumpriu compromisso de campanha e reconheceu a igualdade de direitos políticos entre os dois sexos. Dois anos depois, Alzira Soriano foi eleita prefeita da cidade de Lages (RN).

Em 1932, o voto feminino foi incorporado ao Código Eleitoral. O Brasil passou a ser o quarto país do continente americano a instituir o voto feminino, depois do Canadá, Estados Unidos e Equador.

O princípio da igualdade entre os gêneros foi incorporado na Constituição de 1934, com a garantia do voto feminino, a equiparação salarial entre homens e mulheres e a assistência remunerada às grávidas.

Da Redação

Autor: Salvador Neto

Jornalista e escritor. Criador e Editor do Palavra Livre, co-fundador da Associação das Letras com sede no Brasil na cidade de Joinville (SC). Foi criador e apresentador de programas de TV e Rádio como Xeque Mate, Hora do Trabalhador entre outros trabalhos na área. Tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de jornalismo, comunicação, marketing e planejamento. É autor dos livros Na Teia da Mídia (2011) e Gente Nossa (2014). Tem vários textos publicados em antologias da Associação Confraria das Letras, onde foi diretor de comunicação.

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