O sono não é algo uniforme, possui uma sequência de quatro fases, desde quando deitamos com sonolência até a desaceleração das ondas cerebrais. O metabolismo fica cada vez mais lento, aumentando o relaxamento, até chegarmos à fase em que realmente estamos descansando. E para que o organismo não seja prejudicado pela variação do horário no sono, com o início do horário de verão, será preciso várias noites de sono diferenciado para reparar uma noite maldormida.
Um ponto fundamental apontado pelo neurologista Emerson Milhorin Oliveira é que o sono é fundamental para o processo de memorização e aprendizado. “A pessoa que dorme mal está sujeita a mais erros e falhas de memória, ao mau humor e baixo condicionamento cardiorrespiratório”. Além disso, dormir mal engorda, pois aumenta a secreção de cortizol no organismo, fazendo com que a pessoa retenha mais gordura. “Um sono ruim também reduz as defesas imunológicas e a pessoa fica mais sujeita a infecções, por exemplo”, alerta. Para cada noite que se dorme menos ou pouco, é necessário que se reponha várias boas noites para regularizar. Tempo que pode variar de três a sete noites. “Nas noites posteriores, a readaptação pode ser feita se a pessoa dormir um pouco mais cedo ou acordar um pouco mais tarde”, recomenda o neurologista.
Para aqueles que já sofrem com alguma dificuldade para dormir ou costumam acordar cansados, o especialista recomenda observar se algo atrapalha o sono. “Dormir bem não significa dormir muito. Irritabilidade, falta de memória, fraqueza muscular podem ser sinais de sono atrasado, mas também de distúrbios como ansiedade, depressão, síndrome das pernas inquietas”, frisa. Segundo Milhorin, pessoas que acordam com dores musculares, principalmente na região do pescoço e ombros, sono não restaurativo e distúrbio de humor podem apresentar doenças crônicas, como fibromialgia, que pode estar associada à depressão.
Jornal Manhã