Entre as 371.600 empresas brasileiras com mais de dez empregados, 8,3% delas ampliaram de maneira considerável a oferta de postos de trabalho na segunda metade desta década. A estimativa consta no estudo Demografia das Empresas – que analisa a sobrevivência das empresas no mercado e a variação do número de funcionários – divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice é considerado elevado se comparado a padrões internacionais. Entre 2002 e 2005, período de crescimento econômico acelerado na Europa e América do Norte, países como Áustria e Canadá apresentaram uma taxa de crescimento de 3%. Já os Estados Unidos e a Espanha atingiram um máximo de 6% no mesmo período, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
De acordo com o estudo, as empresas que mais crescem estão localizadas no Sudeste e fazem parte do setor industrial. Entre 2005 e 2008, foram responsáveis pela formação de 57,4%, ou 2,9 milhões, dos postos de trabalho. Apenas em 2008, chegaram a empregar 4,5 milhões de pessoas no país com salário médio de 1.200 reais. “É importante observar que houve sempre, nos últimos anos, um número maior de entradas em relação ao número de saídas”, relata o estudo.
Alto, médio e pequeno crescimento – O estudo classifica como de alto crescimento as empresas que, por um período de três anos, tiveram alta de mais de 20% em seu número de funcionários. Empresas que se posicionam entre o médio e o pequeno crescimento são as que, no mesmo período, tiveram índices entre 5% e 20%, e entre 1% e 5%, respectivamente.
As empresas de médio crescimento são maioria e representam 18,8% das 371.600 empresas analisadas. Já as de pequeno crescimento representam 8,6%.
Das companhias ativas entre 2005 e 2008 (cerca de 3,2 milhões), 78% delas já existiam previamente, 17,7% foram fechadas, 21% foram criadas e 8% foram reativadas no período.
Abril