Para Gerson Fernando Mendes Pereira, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a redução do uso do preservativo explica o aumento, já que o vírus é transmitido por via sexual ou sanguínea. Com isso, a faixa etária para a vacinação contra a hepatite B oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) será ampliada.
Atualmente, a idade vai de 0 a 19 anos. No ano que vem, de acordo com o Ministério da Saúde, a imunização será oferecida também para a faixa de 20 a 24 anos; e, em 2012, para a faixa entre 25 e 29. De 1999 a 2009, 96.000 pessoas contraíram a doença e 5.079 morreram.
O vírus é transmitido pelo sangue, esperma e secreções vaginais. Assim, as principais formas de infecção são similares às da transmissão do vírus da Aids, ou seja, pode ocorrer pela relação sexual sem o uso de preservativo, pelo compartilhamento de objetos contaminados (lâminas de barbear, escova de dentes, alicates de unha, materiais para a colocação de piercing e para tatuagens) entre outros equipamentos e objetos, como por usuários de drogas injetáveis.
A vacina é uma das principais medidas de prevenção e, segundo o Ministério da Saúde, após tomar as três doses, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a hepatite B. As hepatites podem ser causadas por vírus ou por reações do corpo a substâncias como o álcool ou remédios. Somente as hepatites por vírus são transmitidas de uma pessoa para a outra. As hepatites A, B, C, D e E são virais —tanto a hepatite C quanto a B podem se tornar crônicas e se manifestar no corpo de uma pessoa pelo resto da vida.
A Organização Mundial da Saúde calcula que cerca de 400 milhões de pessoas no mundo estão cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite B. O número de casos de hepatite B confirmados no Brasil, só cresceu durante a última década. Em 1999, foram registrados 473 casos, contra 14.601 em 2009. O número do ano passado é 8% maior do que o de 2008 (13.389 casos).
Informações site: Jornal Manhã