Argentina aprova casamento entre pessoas do mesmo sexo
Nossos vizinhos argentinos acabaram de aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.Segue a notícia abaixo. Nós gostariamos de saber dos nossos leitores sua opinião. Porque ser contra? ou porque ser a favor? Afinal aqui a palavra é livre, comentem!
A Argentina tornou-se, na madrugada de quinta-feira, o primeiro país da América Latina – e o décimo em todo o mundo – a contar com uma lei que autoriza a união civil entre pessoas do mesmo sexo em todo o território nacional. A legislação, aprovada na Câmara de Deputados em maio, foi confirmada ontem no Senado, depois de 15 horas de duros debates. Do total de parlamentares, 33 votaram a favor da lei. Outros 27 senadores votaram contra. Três senadores abstiveram-se. O resto dos senadores ausentou-se da sessão, entre eles o ex-presidente Carlos Menem, outrora um aliado da Igreja Católica.
A lei provocou profundas divisões nas fileiras do governo e na oposição. Diversos senadores governistas opuseram-se às ordens da presidente Cristina Kirchner de votar a favor da lei. Na contramão, vários senadores de partidos da oposição votaram a favor do casamento homossexual.
Durante os debates, o senador Eduardo Torres, a favor do projeto, destacou com ironia que os setores do clero que realizaram campanha contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo “deveriam recordar que no Vaticano, o centro do catolicismo, os murais que decoram a Capela Sistina, entre elas “A criação de Adão”, foram realizadas pelo pintor Michelangelo ( ..), famoso por ser homossexual!”.
A senadora Sonia Escudero defendeu o rechaço à lei, argumentando que a família, “constituída por um homem e uma mulher” é a “pedra fundamental da sociedade”. No meio da madrugada, sob temperatura de zero grau Celsius, milhares de pessoas vinculadas às ONGs de defesa dos direitos humanos e grupos de militância homossexual celebraram a aprovação segundos após a aprovação da lei no Senado.
A poucos metros dali, três dezenas de integrantes de grupos católicos choravam e xingavam os senadores enquanto seguravam imagens da Virgem Maria e rosários. Várias dessas pessoas profetizaram o “apocalipse iminente”, decorrente do “castigo divino” que cairia sobre a Argentina por causa da aprovação da lei. Dois dias antes da votação, o cardeal Jorge Bergoglio, primaz da Argentina, chamou o projeto de lei de “movimento do diabo” contra o qual era preciso declarar “a guerra de Deus”.
A presidente da Federação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), María Rachid, festejou a aprovação da lei. “É o reconhecimento da igualdade da lei para nossas famílias”, afirmou.
Informações do site:Gazeta Digital
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