
Participei na manhã de ontem, quinta-feira (15) da assembleia do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região em frente à moribunda empresa Busscar Ônibus, que só falta fechar as portas de tantas dívidas acumuladas, promessas nunca cumpridas e gestão desastrosa dos três acionistas familiares.
Mas o que mais me chamou a atenção não foram os apelos dos sindicalistas e trabalhadores por respostas da direção da empresa, que se fecha para a sociedade, imprensa e tudo o mais. Foi a presença da polícia militar com o seu famoso “caveirão”, viatura da GRT, e mais que uma dezena de policiais armados com fuzis e gás de pimenta. Olhei ao redor e não vi nenhum bandido, chefe do tráfico, assassinos ou coisa parecida. Estavam ali trabalhadores, pais e mães de família que pacificamente querem seus salários em dia, seus direitos preservados.
E dizer que a empresa justificou o não atendimento por, pasmem, “não saber do evento” e por isso seus diretores estavam viajando. Viajando em busca do quê? Deveriam é estar ali para dar satisfações aos seus trabalhadores, que além de produzirem a riqueza da empresa, geram e pagam impostos, impostos que enchem o caixa dos governos e seus órgãos como o BNDES, que emprestou dinheiro à mesma Busscar! Sim existe dinheiro público, meu, seu, nosso, ali na empresa que não quer falar com ninguém.

Agora, tanto não sabiam que mandaram a polícia para intimidar. Polícia gente, polícia para quem precisa de polícia… E segunda-feira, 19 de abril a partir das 9 horas, tem mais uma assembleia dos trabalhadores, mas agora com a presença de gente graúda do Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho.