15 milhões podem, mas não contribuem com a Previdência Social
Aos poucos, e com base em dados científicos coletados via pesquisas sérias, vamos entendendo um pouco mais o Brasil. A PNAD 2007 – Pesquisa Nacional por Domicílio – está sendo divulgada por setores, e um dos dados mais importantes é o que mostra a falta de comprometimento dos cidadãos com o que deveria ser prioritário, como no caso da manutenção da Previdência Social. Afinal, todos nós em algum momento vamos precisar da Previdência, seja por afastamento do trabalho por doença, aposentadoria, e tantos outros. Então, ao constatar que mais de 15 milhões de pessoas poderiam contribuir e não contribuem com o caixa que é de todos, fica claro que precisamos avançar muito ainda em direção a uma sociedade mais justa, comprometida com o bem estar de todos. Vejam mais detalhes na matéria divulgada pelo Ministério da Previdência Social:
“Estudo da Secretaria de Políticas de Previdência Social, do Ministério da Previdência Social, sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2007 (Pnad/IBGE), indica para um perfil de trabalhadores brasileiros que não contribuem para a previdência social, mas poderiam fazê-lo, pois ganham mais de um salário mínimo.
Esse grupo é formado, em sua maioria, por homens com idade entre 30 e 49 anos, moradores da Região Sudeste, com renda de até dois salários mínimos, profissionais dos setores de comércio, construção e da indústria de transformação, que trabalham por conta própria ou sem carteira assinada.
Segundo os dados apresentados pelo ministro José Pimentel, nesta terça-feira (21), do total de 28,6 milhões de brasileiros com idade entre 16 e 50 anos, que não contribuem para a previdência e estão socialmente desprotegidos, 15,7 milhões têm capacidade contributiva.
Os homens representam 64% desse grupo, chegando a 10 milhões de pessoas, enquanto as mulheres somam 5,5 milhões (35%). Em termos de faixa etária, a maior concentração ocorre entre 30 a 49 anos, sendo 8,2 milhões de trabalhadores (52%). As faixas de 20 a 29 anos e de 50 a 59 anos têm, em média, dois milhões de trabalhadores cada. Já a faixa etária de 16 a 19 anos reúne um milhão de brasileiros.
Em termos de renda, o valor entre um e dois salários mínimos concentra 7,9 milhões (50%) dos trabalhadores. Os brasileiros ocupados, com renda de um salário mínimo, somam 2,5 milhões de pessoas (16%) e outros 2,5 milhões de brasileiros têm renda entre dois e três salários mínimos.
Os dados relativos ao ramo de atividade mostram que 8,2 milhões (53%) dos trabalhadores que não contribuem, mas têm as condições para fazê-lo, ocupam vagas no comércio (3,8 milhões de pessoas ou 24%), na construção (2,5 milhões de trabalhadores ou 16%) e na indústria de transformação (1,9 milhão de pessoas ou 12%). Os outros trabalhadores se dividem entre os setores agrícola, da indústria, de alojamento e alimentação, da administração pública, da educação, saúde e serviços sociais, dos serviços domésticos e outros.
A análise da distribuição desses trabalhadores pelo Brasil revela que 7,1 milhões de pessoas (45%) estão na Região Sudeste. A região Nordeste tem o segundo maior número desses brasileiros – 3,2 milhões (20%) – e o Sul fica com 2,1 milhões de pessoas (13%). O Norte e o Centro-Oeste têm praticamente o mesmo número – 1,5 milhão (10%) de trabalhadores cada.”
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