Protestos no Rio – ABI condena agressões a repórteres

palavralivre-reporteres-agressoes-rio-de-janeiroA Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou uma nota ontem (16) condenando as agressões cometidas por manifestantes contra repórteres, durante protesto de servidores públicos em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo a ABI, as agressões representam uma “grave ameaça à liberdade de imprensa e ao livre acesso à informação, assegurados pela legislação em vigor. Atos dessa natureza são inaceitáveis em um Estado Democrático de Direito”.

De acordo com a nota, o repórter da TV Globo, Caco Barcellos, foi perseguido por algumas pessoas e chegou a ser atingido na cabeça por uma garrafa de água e um cone de trânsito.

Antes disso, outro repórter havia sido agredido com um pontapé e perdeu os óculos ao escapar do grupo que o perseguia.

“A ABI espera que esses episódios de violência não se repitam diante da péssima repercussão que sempre produzem na imagem do país, onde o jornalismo no Brasil é visto, no exterior, como uma atividade de risco. A história tem mostrado como manifestações de intolerância política contra órgãos de imprensa costumam sempre terminar”, encerra a nota.

Com informações da Ag. Brasil

Protestos 2: conservadores, baderneiros e responsabilidade

01a_alvo_CCompartilho aqui no Blog mais um texto que escrevi na semana passado sobre os protestos, analisando a postura de muita gente dita “intelectual”, mas que na verdade adora é apagar fogo com gasolina. Gente que viveu e bem, na ditadura, e ao que parece tem muitas saudades daqueles tempos. Eu não tenho. E por isso escrevi antes dos protestos também em Joinville. Ficam as linhas para reflexão e debate a quem interessar:

Fico abismado em ver pessoas, intelectuais até, tentando tachar de baderna, antecipadamente, o ato que acontece em Joinville na tarde de hoje. Percebo o quanto a cidade perdeu ao ter alguns deles no comando de veículos de imprensa, no legislativo, executivo e outros. Com eles, o controle total sempre esteve presente.

Fico em alerta ao ver que vários deles defendem, de forma velada, a presença da força policial, e até do exército, nas ruas para “controlar” a massa. Defendem até a “infiltração” para evitar excessos. Com esses olhares, sob essas óticas é que vivemos a escuridão a partir de 1964. Por isso volto a dizer que há que se ter cuidado na manifestação. 

Que esse status quo joinvilense precisa mudar, e para isso, o povo deve mostrar que não é alienado, nem baderneiro. É cidadão que acordou para a realidade, sabe o que quer e não vai ser seduzido por minorias que desejam o quebra quebra, e com isso, a repressão.

Quem tem a responsabilidade de informar, deve ser isento, equilibrado, objetivo e prestar um serviços à sociedade. Por isso, muito cuidado, faça seu protesto, mas não entre na onda de quem buscar confrontos.”

Protestos: Qual o custo dos “cargos de estado” para o país?

plano_de_cargos_e_carreiras_0Esse texto postei no Facebook, em meu perfil, na semana passada. Mas penso ser importante voltar ao tema, fazer todos observarem por outro prisma, tentar olhar outros lugares e paragens neste ermo que é o Brasil, em se tratando de custos elevados de Estado. Confiram e se quiseram, comentem. Ou melhor, vamos descobrir?
Estava aqui pensando com meus botões… nós sabemos quantos deputados e senadores temos, e o custo deles para nós e a democracia… E eles são considerados – senso comum – o mal de todos os males do país, isso e aquilo, certo? E alguém sabe, por acaso, quantos cargos de alto escalão, cargos ditos de Estado, que existem nos três poderes? 

Qual o custo de salários, só de salários, de muitos deles? Tipo, acima de R$ 20 mil? Sabendo quantos cargos, e quantos servidores neste quesito, será que não teríamos surpresas no custo do Brasil? Se vamos cortar, não é melhor verificar tudo, tudo, tudo, no Executivo, Legislativo e Judiciário? 

Qual será a maior conta que pagamos mesmo? Quanto custam esses cargos ao Brasil? E para que servem exatamente em tempos modernos? Como já disse anteriormente, não basta protestar, tem de pensar. Tem de buscar informações e dados sobre tudo, e todos. Eu acredito que teríamos grandes surpresas ao ver o custo que certos cargos de Estado tem para a sociedade.

Eu tenho dúvidas, e você?”

Mais de 2 mil pessoas voltaram às ruas em protesto no Chile

Mais de 2 mil pessoas voltaram ontem (21) a fazer protestos pelas ruas de Santiago, a capital chilena, reivindicando uma reforma urgente na educação, garantindo um sistema de ensino público e gratuito. A situação ganhou mais força com a greve de fome de um grupo de estudantes. Há três meses ocorrem manifestações no país. A oposição intensificou as críticas ao presidente chileno, Sebastián Piñera.

Ontem, mais uma vez, as entidades que representam os estudantes rejeitaram a terceira proposta do governo para reformar o sistema de educação. Para os estudantes, as medidas são consideradas “inconsistentes” . Com isso, eles reafirmaram a decisão de comandar uma greve nacional com o apoio de várias categorias profissionais para os próximos dias 24 e 25.

Em meio aos protestos, o presidente do Partido Socialista, Osvaldo Andrade, disse que Piñera ouviu apenas um dos lados, no caso o dos empresários. O deputado foi o porta-voz de uma reunião ontem entre os presidentes dos quatro partidos na tentativa de buscar um acordo.

O ex-deputado socialista Marco Enríquez-Ominami, que ficou em terceiro lugar nas últimas eleições presidenciais, disse ter falado a Piñera que observe as mudanças ocorridas no Chile especialmente a força dos estudantes no país.

Os embates entre manifestantes e policiais geraram vários momentos de tensão no Chile. Por decisão do governo, os protestos, em um determinado momento, foram reprimidos e impedidos. Mas os estudantes não aceitaram a ordem e mantiveram os movimentos.

Da Agência Brasil

Ambientalistas preparam novos protestos contra construção da Usina de Belo Monte

Movimentos sociais e organizações ambientalistas preparam uma nova manifestação contra a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). No próximo sábado (20), eles promovem mobilizações em 15 cidades brasileiras. Na segunda-feira (22), os protestos serão feitos em frente a embaixadas e consulados brasileiros em 20 cidades de 16 países.

O representante do Movimento Brasil pela Vida nas Florestas, Marco Antonio Morgado, diz que, mesmo com o início das obras da usina, autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em junho, o projeto não é considerado um fato consumado. “Queremos trazer a discussão de volta para a pauta, que estava sedimentada. Pelas ações que tramitam na Justiça, acreditamos que ainda é possível revogar o projeto e evitar que essa obra vá adiante.”

Ontem (17), o Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) entrou com mais uma ação na Justiça para contestar o empreendimento. Dessa vez, o MPF pede a paralisação da obra pela violação de direitos de povos indígenas da região, que terão ser removidos de suas áreas tradicionais, o que é vetado pela Constituição.

Em São Paulo, o grupo espera reunir 4 mil pessoas na Avenida Paulista. Em Belém, a expectativa do Comitê Metropolitano Xingu Vivo para Sempre é que 2 mil pessoas participem do protesto, inclusive representantes de comunidades indígenas do Xingu, que serão afetadas direta ou indiretamente pela obra.

Segundo Morgado, as manifestações vão pedir a paralisação de Belo Monte e a rediscussão de grandes projetos desenvolvimentistas. “A população brasileira não foi consultada. Belo Monte vai na contramão de uma perspectiva de sustentabilidade social e ambiental”.

A lista de cidades e a programação podem ser consultadas no endereço http://www.xinguvivo.org.br/acao/.

Agência Brasil

Cem mil vão às ruas em protestos contra reforma educacional no Chile

Cerca de 100 mil estudantes chilenos marcharam hoje (9) pelas ruas de Santiago e pelas principais cidades do país, exigindo educação pública e gratuita para todos. Os estudantes também exigem que o governo obrigue as universidades privadas a serem instituições sem fins lucrativos, como determina a lei.

As marchas reuniram alunos, professores, pais de alunos e sindicalistas. Um jovem, carregando uma cruz, exibia um cartaz: “Não posso estudar; meu pai é carpinteiro”. Também houve incidentes entre policiais e estudantes com rostos cobertos, que faziam fogueiras nas ruas e lançavam pedras contra carros.

Os protestos estudantis começaram em maio passado. Estudantes de segundo grau e universitários mobilizaram professores, pais de alunos e sindicatos, nas maiores manifestações em duas décadas de democracia chilena. O governo do presidente Sebastián Piñera cedeu, trocando o ministro da Educação e propondo um projeto de reforma com 21 pontos. Os estudantes não aceitaram. Querem uma reforma total.

No Chile não existem universidades gratuitas. Por lei, nenhuma universidade deveria ter fins lucrativos. Mas tanto as universidades públicas, quanto as privadas, cobram mensalidades que chegam, em média, a US$ 400. Ainda assim, um número grande de chilenos estuda em universidades.

“De cada 100 chilenos em idade de estudar, 55 cursam uma universidade. Essa taxa de participação é o dobro da brasileira”, disse a Agência Brasil o professor, José Joaquín Brunner. “Apesar das universidades serem pagas, existe um amplo sistema de créditos, ao qual os estudantes têm acesso para financiar seus estudos”.

Segundo Brunner, os estudantes se rebelaram porque foi criado um novo sistema de créditos estudantis, administrados por bancos privados com taxas de juros de mercado. “Os estudantes que tomaram dinheiro emprestado e acabam de entrar no mercado de trabalho perceberam que estão com uma enorme dívida para saldar. Foi o que desencadeou os recentes protestos”.

A proposta de 21 pontos, que o governo fez aos estudantes, inclui o aumento de bolsas de estudo para que os chilenos menos privilegiados tenham acesso à universidade; redução de 6% a 4% as taxas de crédito solidário e aumento dos investimentos governamentais na educação. Atualmente, o país investe 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação superior, enquanto que o setor privado investe 1,5% do PIB. “No Brasil, os setores público e privado investem o mesmo no ensino superior: 0,8% do PIB”, disse Brunner.

Agência Brasil

Chile: protestos levam mais de 552 para a prisão com 29 feridos

Os conflitos entre manifestantes e policiais ontem (4) no Chile levaram à prisão 552 pessoas em várias cidades. Desobedecendo à proibição de protestos do governo chileno, estudantes lideraram as manifestações e ocuparam várias ruas de Santiago e do interior.

Para analistas, a manifestação de ontem foi a mais violenta dos últimos três meses, desde o início do movimento estudantil, em maio. Os universitários e secundaristas reivindicam a ampliação da educação pública e gratuita e a ampliação de investimentos no setor. Mais de 5 mil pessoas foram às ruas do Chile, marcando o 8º dia de protestos no país.

O  vice-ministro do Interior, Rodrigo Ubilla, negou que civis foram feridos, mas confirmou que 29 policiais se machucaram. Das 552 pessoas detidas, 284 protestavam na capital. Em comunicado, o serviço de segurança informou que as detenções ocorreram motivadas pela “desordem, por porte de armas ou explosivos”.

Os policiais usaram gás lacrimogêneo e jatos de água na tentativa de dispersar os manifestantes. O clima de tensão tomou conta de várias avenidas no país. As manifestações duraram, em média, cinco horas.

O prefeito de Santiago, Pablo Zalaquet, disse que os prejuízos para a iniciativa privada e o setor público, em decorrência das últimas manifestações, chegam a 1 milhão de pesos.

Da Ag. Brasil