Justiça determina que Banco do Brasil deve informar canais de renegociação a clientes de todo o país

Para o Ministério Público, ao negar informações sobre os canais e as formas de renegociação de prazos de financiamentos e empréstimos, o BB causa danos aos clientes de todo o território nacional, por isso a liminar que o obrigou a tomar medidas para corrigir esse problema não poderia se limitar às agências de Florianópolis.

Em agravo de instrumento interposto pela 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, o Desembargador Henry Goy Petry Júnior, em decisão monocrática, deu razão aos argumentos da Promotora de Justiça Analú Librelato Longo e determinou que as agências do Banco do Brasil (BB) de todo o território nacional devem abrir e divulgar amplamente os canais e as formas de renegociação de prazo das prestações de empréstimos e financiamentos, como forma de atender às medidas do Banco Central e da FEBRABAN (Federação Nacional do Bancos) para compensar as eventuais perdas econômicas dos clientes impactados pelas medidas de contenção à pandemia de covid-19.

Para estender a decisão a todo o país, no agravo de instrumento a Promotora de Justiça argumentou que a ação civil pública que pedia a liminar havia sido ajuizada para proteger “um direito transindividual oriundo de um dano com extensão nacional” e, além disso, citou o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que, nos casos de danos regionais e nacionais, os foros das capitais dos estados são competentes para julgar ações que surtam efeitos válidos para o território nacional.    

Entenda o caso
Na semana passada (12/5), a 1ª Vara da Fazenda da Capital concedeu uma liminar atendendo parcialmente ao pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A decisão determinou que o Banco do Brasil informasse, de forma ampla, no máximo em cinco dias, as medidas e canais de renegociação, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento, mas limitou o alcance da liminar às agências de Florianópolis, que é a área territorial da Comarca. Por isso, a 29ª PJ recorreu imediatamente, por meio de um agravo de instrumento, para que a decisão contemplasse os clientes de todas as agências do banco no Brasil.

A ação civil pública se originou de inquérito civil instaurado em abril a partir de inúmeras reclamações feitas ao PROCON e ao MPSC por clientes que não conseguiam obter informações nem iniciar as negociações com o Banco do Brasil.

No final de abril, a 29ª PJ da Capital ajuizou a ação civil pública com pedido de liminar após o Banco do Brasil solicitar mais prazo para responder às informações requeridas no procedimento instaurado para apurar por que o banco não estava atendendo aos pedidos de renegociação.

Conforme comprovado na ação civil pública, seguindo as orientações do Banco Central do Brasil, a própria FEBRABAN informa em seu site que “os clientes pessoas físicas deverão entrar em contato com o seu banco, expor o seu caso e obter informações sobre as condições para prorrogar a dívida por até 60 dias. Cada instituição irá definir o prazo e as condições dos novos pagamentos”.

Conforme a Promotora de Justiça Analú Librelato Longo argumentou na ação, ao negar estender o prazo de resposta ao BB, naquela data as orientações do Banco Central para que os bancos facilitassem a renegociação de empréstimos devido aos efeitos da pandemia sobre o rendimento dos clientes já haviam sido emitidas há mais de um mês (16/3/2020) e valeriam para um prazo de 60 dias.

Desta forma, quando o banco alegou que precisaria de mais tempo para responder, já havia se passado a metade do prazo “e o Banco do Brasil já deveria ter essas medidas como consolidadas, estruturadas e inseridas em seu sistema de dados, não havendo necessidade de um prazo tão extenso e da interveniência de setores do banco ou do suporte tecnológico para apresentação de respostas”, concluiu a Promotora.

Procon de Florianópolis interdita posto de combustível por abuso de preço

Uma operação realizada em postos de combustível da Capital foi iniciada nesta segunda-feira, 13 de abril, pelo Procon da Prefeitura de Florianópolis, e resultou na interdição parcial de um posto de gasolina que realizava cobrança de preço considerado abusivo dos combustíveis.

A ação foi realizada no início da tarde, o posto fica localizado na região Central da Capital. A operação continuará até que os abusos de preço não sejam mais praticados em toda a cidade, o que pode ocasionar em mais postos interditados. A interdição parcial busca dar efetividade a medida cautelar do Peocon e ao código de defesa do consumidor.

Houve uma redução de valor dos combustíveis nas refinarias, mas muitos postos continuaram cobrando o valor sem essa diminuição, o que gerou um lucro de até 35%. Normalmente, estes estabelecimentos trabalham com uma média de lucro de 20% em cima do preço de compra, o que o Procon considera razoável.

O gerente de Fiscalização do Procon da Prefeitura de Florianópolis, Rodrigo César Cássio, explica que alguns estabelecimentos até reduziram o valor de venda do combustível, mas não de forma proporcional com o valor de compra, o que resultou em um aumento drástico do lucro e onerosidade ao consumidor.

Na semana passada, o Procon realizou fiscalização e notificação em 70 postos, pois os  combustíveis da Capital estão sendo vendidos com os maiores valores de todo o Estado.  Algumas das possibilidades previstas por lei, caso os estabelecimentos não cumprissem a solicitação do Procon, poderiam ser multa ou até interdição. Optou-se pela interdição para que a decisão tivesse eficácia na prática.

Cesta Básica subiu 2,03% em junho, diz Procon de Joinville

preçoO valor da cesta básica de junho teve um acréscimo de 2,03% em relação aos preços praticados no mês de maio em Joinville, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira (4/6) pelo Procon. A cesta é composta de produtos de primeira necessidade nas áreas de alimentos, uso pessoal e limpeza consumidos por uma família durante um mês.

A pesquisa divulgada pelo Procon foi realizada no dia 3 de junho em seis estabelecimentos comerciais de vários bairros da cidade. Considerando os preços mais baixos encontrados, o Procon chegou ao valor de R$ 202,50. No levantamento de abril foi registrado o preço de R$ 198,48 para os 31 itens que integram a cesta.

A pesquisa apresenta diferenças de preços em todos os itens pesquisados, como as encontradas no quilo de frango com variação de 42,69%, na margarina (500g) com variação de 69,29%, no café (500g) diferença de 40,30% e feijão (1kg) com diferença de 33,44% entre o menor e o maior preço. Na pesquisa, o Procon verifica o preço mais baixo sem levar em consideração a marca do produto.

Esta e outras pesquisas de preço estão à disposição na sede do PROCON, à rua Anita Garibaldi, nº 79, bairro Anita Garibaldi (antigo Piazza Itália), no Procon Nova Brasília, na rua Minas Gerais, nº 1.303, (Subprefeitura da Região Sudoeste) ou no site www.proconjoinville.com.br.

Segundo o gerente do Procon em Joinville, Jorge Nemer, a pesquisa tem a finalidade de ajudar o consumidor a encontrar o melhor preço e a economizar, podendo adquirir outros produtos. “Entre o maior e o menor preço encontrados nos estabelecimentos pesquisados, há uma diferença de aproximadamente R$ 80,00, valor suficiente para adquirir um eletrodoméstico ou uma peça de vestuário”, explicou.

McDonald’s é multado em R$ 3 milhões por publicidade abusiva a crianças

mc_donaldsA Fundação Procon-SP manteve a multa de R$ 3.192.300,00 à rede McDonald’s pela venda de lanches com brinquedos e publicidade voltada ao público infantil. Embora não haja uma legislação específica sobre o tema, a decisão foi tomada a partir de parâmetros do Código de Defesa do Consumidor.

“Muitas vezes, por meio de brindes relacionados a personagens do mundo infantil, as empresas induzem o consumo, o que caracteriza uma relação abusiva, pois o público infantil é considerado hipervulnerável e ainda está em desenvolvimento de sua posição crítica”, disse a assessora técnica do Procon-SP, Andréa Benedetto.

A multa foi anunciada pelo órgão em 2011 e ocorreu após denúncias feitas pelo Instituto Alana, em 2010. Segundo as denúncias, o McDonald’s teria práticas de  “estímulo à formação de valores distorcidos por crianças, como o materialismo excessivo e hábitos alimentares insalubres.” A Arcos Dourados Comércio de Alimentos, empresa que opera uma rede de restaurantes franqueados do McDonald’s no Brasil, tentou recorrer da decisão, que não foi aceita pelo Procon.

A multa foi aprovada em esfera administrativa e agora só pode ser contestada judicialmente. O anúncio da manutenção da multa pelo Procon foi publicada no Diário Oficial de São Paulo, no dia 2 de abril. Segundo Andréa, os casos de publicidade abusiva não se restringem a alimentos e existem outros recursos instaurados contra outras empresas. “O Procon busca agir no mercado buscando equilíbrio. Quando se trata de um publico considerado hipervulnerável, como acontece com crianças, idosos e deficientes, deve haver um cuidado maior.”

Publicidade Infantil
No Congresso Nacional, existem alguns projetos que tratam da publicidade para o público infantil. Em janeiro deste ano, o Rio aprovou a lei municipal 5.528, que prevê aplicação de multa de R$ 2 mil a restaurantes que venderem lanches com brinquedos.

Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin vetou dois Projetos de Lei que tratavam da regulamentação da publicidade infantil. O PL1096/2011 previa a proibição da venda de brinquedos junto a lanches, enquanto o PL 193/2008http://www.al.sp.gov.br/propositura?id=786904 restringia a veiculação de publicidade de alimentos não saudáveis entre as 6h e as 21h, em rádios e TV’s.

Da Rede Brasil Atual

Procon registra aumento de 3,19% na cesta básica joinvilense

O valor da cesta básica no mês de março em Joinville subiu 3,19% em relação aos preços verificados em fevereiro. A cesta é composta de produtos de primeira necessidade nas áreas de alimentos, uso pessoal e limpeza consumidos por uma família durante um mês.

A pesquisa, divulgada pelo Procon nesta terça-feira (5/3) foi realizada em seis estabelecimentos comercias de vários bairros da cidade. Considerando os preços mais baixos encontrados, o Procon chegou ao valor de R$ 204,81 para os 31 itens que integram a cesta. No levantamento de fevereiro, o menor preço foi de R$ 198,47.

A pesquisa apresenta diferenças de preços em todos os itens pesquisados, como as encontradas no creme dental 90g, com variação de 43,17%, no café 500g, com diferença de 39,88%, frango 1kg, com 37,87%, e feijão 1kg, com percentual de 35,25% entre o menor e o maior preço. Na pesquisa, o Procon verifica o preço mais baixo sem levar em consideração a marca do produto.

Segundo o gerente do Procon em Joinville, Jorge Nemer, a pesquisa tem a finalidade de ajudar o consumidor a encontrar o melhor preço e a economizar, podendo adquirir outros produtos. “Entre o maior e o menor preço encontrados nos estabelecimentos pesquisados, há uma diferença de aproximadamente R$ 80,00, valor suficiente para adquirir um eletrodoméstico ou uma peça de vestuário”, explicou.

Esta e outras pesquisas de preço também podem ser encontradas no site do Procon (www.proconjoinville.com.br), na sede situada na rua Anita Garibaldi, nº 79 (antigo Piazza Itália) e na rua Minas Gerais, nº 1.303, junto à Secretaria Regional do Nova Brasília.