Joinville começa a debater planos cicloviário e de caminhabilidade

A Prefeitura de Joinville, através do Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Ippuj), inicia na próxima terça-feira (3/11) uma série de debates para implantação dos planos cicloviário e de caminhabilidade.

Os temas fazem parte dos projetos complementares do Plano de Mobilidade (PlanMob) aprovado em março deste ano. Além destes, o PlanMob também prevê ações como a adequação do plano viário e a implantação do estacionamento rotativo.

O presidente do Ippuj, Vladimir Constante, explica que na discussão dos planos serão desdobradas as metas gerais descritas no PlanMob.

“Será o momento de explicar de que forma pretendemos atingir estas metas”, comenta. No caso das bicicletas, a meta é de implantar 730 km de ciclovias. Já para o transporte a pé, uma das metas prevê melhoria na avaliação das calçadas.

Assim como ocorreu com o PlanMob, os planos cicloviário e de caminhabilidade serão aprovados por decreto, ficando a cargo do Legislativo a aprovação da Lei das Calçadas. Constante prevê a conclusão dos planos até o final de 2015.

“Depois destas consultas públicas, o documento passa para a elaboração do texto e em seguida faremos uma audiência pública”, descreve.

Na terça-feira (3/11), às 19 horas, técnicos do Ippuj iniciam a programação com abordagem sobre as diretrizes e metas do PlanMob para o eixo transporte por bicicleta e projetos cicloviários. Constante esclarece que o Plano de Mobilidade é um documento que contém metas e prazos bem definidos, cujo planejamento contempla ações para 30 anos.

Na sequência, palestra sobre integração das vias cicláveis de Joinville e trabalhos de extensão realizados, como o diagnóstico e índice cicloviário, aplicativo Bike Trilhas e blog. O tema será abordado pelo professor Fabiano Baldo, da Udesc.

Os grupos Pedala e Bicicletada contribuem com palestras e ideias sobre o modal para o Plano Cicloviário. A partir das 21 horas iniciam os debates sobre os temas.

Na quarta-feira (4), os trabalhos iniciam às 8h30 com reunião do grupo técnico infraestrutura cicloviária, em sala de reuniões do Ippuj. Às 13h30 se reúne o grupo técnico legislação e educação.

Caminhabilidade
Quinta-feira (5) é a vez dos estudos sobre o projeto de caminhabilidade. No Museu da Bicicleta, o Ippuj apresenta, às 19 horas, os estudos sobre o eixo transporte a pé.

As palestras iniciam às 19h30. Na primeira, a servidora Patrine Macoppi, da Secretaria do Meio Ambiente, fala sobre a situação atual das calçadas de Joinville, quantitativos e fiscalização.

Às 20 horas, Mário Cezar da Silveira, do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde), aborda questões acerca da acessibilidade espacial nos deslocamentos a pé  e da legislação pertinente.

Antes dos debates, que iniciam às 21 horas, Andréa Pfützenreuter, da Universidade Federal de Santa Catarina, faz relato sobre os índices de caminhabilidade e o grupo de pesquisa.

Na sexta-feira (6) encontros técnicos sobre infraestrutura e legislação, em sala de reunião do Ippuj, encerram a programação.

Com informações da Secom/PMJ

“A via pública é para todos, não só para automóveis”, diz cicloativista

Diretor da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), uma das entidades mais ativas na defesa do uso de bicicletas na capital paulista, Daniel Guth defendeu o desestímulo ao uso de veículos na cidade e o incremento a outros modais de transporte como a bicicleta e o transporte coletivo.

Para ele, a instalação de vias exclusivas de ônibus na cidade, assim como para as bicicletas, a retirada de vagas de estacionamento para carros e o fechamento de rua aos veículos motorizados tem gerado nos motoristas o sentimento de perda de espaço e a falsa sensação da perda de direitos.

“As pessoas estão confundindo o direito de ir e vir com o direito de dirigir. Não pode haver essa confusão. Quando não é permitido a você circular de carro, não está se cerceando o seu direito de ir e vir, você pode muito bem se deslocar, a pé, de bicicleta, de transporte público, uma série de outros modos de transporte. As pessoas confundem, muitas vezes, o direito constitucional de ir e vir com o direito de dirigir”, disse Guth, em entrevista à Agência Brasil,  para marcar o Dia Nacional sem Carro, comemorado hoje (22).

A seguir, a íntegra da entrevista:

Agência Brasil: os modais bicicleta e carro não têm como se complementar sem que haja um enfrentamento entre as partes, como hoje vemos em São Paulo?
Daniel Guth: não é que existe um enfrentamento deliberado, do ponto de vista do discurso. Quando você tira uma faixa de estacionamento na rua e coloca uma ciclovia, os motoristas têm visto isso como enfrentamento. Mas isso não é enfrentamento, isso é só uma política de inclusão.

Quem se desloca de automóvel na cidade de São Paulo representa pouco menos de um terço da população, e esse um terço ocupa 80% da via pública. A via pública é para todos, não é só para o automóvel. Um único meio de transporte está ocupando 80% do espaço que é para todo mundo. Isso é chocante, isso é falta de equidade.

Quando você tira um pouco desse espaço para dar a outros modais, que têm tantos direitos ou mais, como diz a legislação, então as pessoas veem isso como enfrentamento. Mas isso tem a ver muito mais com um século de narrativa da indústria automobilística, da publicidade, do que efetivamente um enfrentamento na prática, como você citou.

Tem muito mais a ver com a sensação de perda de direitos que, na verdade, não são direitos, são privilégios. Estacionar na rua nunca foi um direito, sempre foi um privilégio, e um privilégio que a gente tem que aprender a abrir mão. Estacionar na via pública é uma privatização tosca do espaço público. Quando se retira estacionamentos, as pessoas sentem que perderam direito.

Há uma confusão entre direito de ir e vir e direito de dirigir. Não pode haver essa confusão. Quando não é permitido a você circular de carro, não está se cerceando o seu direito de ir e vir, você pode muito bem se deslocar, a pé, de bicicleta, de transporte público, uma série de outros modos de transporte. As pessoas confundem muitas vezes o direito constitucional de ir e vir com o direito de dirigir.

No caso do fechamento de ruas para carros, como ocorre na Avenida Paulista, o debate, em vez de ser feito no sentido de entender que esse espaço tem de ser devolvido às pessoas, que podem usufruir a avenida de outra maneira, as pessoas elas encaram isso como um enfrentamento, como se tivessem perdendo direitos. Isso tem a ver muito mais com uma análise subjetiva, social, cultural, do que com enfrentamento direto, um embate, uma acareação de ideias, de argumentos.

Agência Brasil: há muita resistência dos motoristas?
Guth: não há nenhuma medida de desestímulo ao uso do carro que não seja acompanhada de uma resistência dos motoristas. E não é falta de diálogo, não é falta de argumentos, não é falta de campanhas, é simplesmente o fato de que essas pessoas estão sentindo a perda de privilégios.

Todas as cidades do mundo que entenderam que o modelo “rodoviarista” tem um limite – há um ponto em que a cidade não anda mais porque não há sistema que comporte a quantidade de automóveis – passaram a criar medidas e políticas públicas que, de certa forma, criaram resistências porque tiveram que tirar espaço desse único modal que reinou nas cidades.

Nova York, Londres e Paris passaram por isso, Bogotá passou por isso, Buenos Aires tem passado por isso, a Cidade do México tem passado por isso, e não estou só falando de cidades europeias, estou falando de cidades vizinhas nossas. São Paulo tem de enfrentar isso com serenidade, com argumentação, porque não é uma questão de bicicleta contra o carro, transporte público contra o carro, não.

É uma questão de dar maior equidade àqueles que merecem ser incluídos, aqueles que sempre estiveram marginalizados, e isso significa obviamente tirar espaço do carro. Isso não é um enfrentamento, isso é um processo natural, que tem que acontecer.

Agência Brasil: em que medida o uso da bicicleta pode dar mais acesso à cidade e à cidadania?
Guth: a bicicleta é um veículo porta a porta. Você consegue sair da sua origem e chegar a seu destino com esse único meio de transporte. Isso dá autonomia, garante direito ao deslocamento. É um veículo econômico, não apenas porque é mais barato comprar uma bicicleta, mas também porque a manutenção é mínima, é com a sua própria energia que você vai se deslocar.

Ela não requer nenhuma outra mediação de combustível, a não ser a sua própria energia, o que também garante maior direito à cidade, uma vez que ela pode ser acessível a todos, todos que tenham condições físicas de utilizá-la. Outro elemento importante é a velocidade, a bicicleta traz um elemento importante para a relação com a cidade que é velocidade mais baixa.

Faz com que a pessoa tenha uma relação de maior troca, de maior diversidade de trocas com a cidade, seja com o comércio de rua, seja com as pessoas. Ao pedalar a uma média de 10 a 15 quilômetros por hora, você está muito mais afeito a consumir em uma loja, a parar para cumprimentar alguém, a conversar com as pessoas, a interagir com a cidade de outra maneira, coisa que com outros meios de transporte, no caso o carro, ônibus ou o metrô e trem, você não consegue fazer.

Há vários outros elementos, como promover a saúde, seja para a cidade seja para si mesmo, a sensação de pertencimento e de senso crítico da cidade, Todo mundo que passa a se deslocar de bicicleta naturalmente acaba tendo uma visão mais crítica sobre o meio urbano. Passa a sentir as agruras da cidade de uma maneira mais intensa, seja a violência do trânsito, sejam os cheiros, a falta de infraestrutura, a qualidade do asfalto, a feiura e a beleza da arquitetura. Ou seja, em cima de uma bicicleta você consegue perceber a sutileza dos elementos urbanísticos de maneira muito mais intensa, o que aguça o senso crítico.

Agência Brasil: hoje se comemora o Dia Mundial Sem Carro. Como você avalia as alternativas a esse meio de transporte em São Paulo?
Guth: é um dia de concentração de esforços para mostrar que outra cidade, do ponto de vista da mobilidade, é possível. São Paulo chegou a um esgotamento do modelo “carrocêntrico”, de só nortear as políticas de mobilidade em uma visão exclusivista nesse modelo “rodoviárista”. Um novo paradigma para a mobilidade urbana é necessário, e ele está em curso.

Nós temos o amparo bastante forte de legislações, sejam elas federais, estaduais ou municipais, que colocam a devida prioridade para a mobilidade urbana a partir do transporte coletivo, e depois dos modos ativos de transporte, que são majoritariamente a bicicleta e o pedestre.

Tendo esses marcos legais importantes, a gente entende que a cidade de São Paulo tem feito isso, talvez com um pouco mais de intensidade, e por isso tem gerado mais debates. [A cidade] tem passado a inverter a lógica que sempre foi vigente. E, necessariamente para isso, é preciso desestimular o uso do carro.

São Paulo tem tomado diversas medidas para desestimular o uso do carro, de maneira piloto. Mudanças que precisam ser feitas, como por exemplo a remoção de faixas de estacionamento nas ruas, a criação de mais infraestrutura cicloviária, a criação de corredores e faixas exclusivas de ônibus, a ampliação de calçadas, a retirada de vagas de estacionamento para ampliar as calçadas, para que quem queira caminhar a pé possa fazer isso com conforto e segurança.

O que o Poder Público faz ao dar prioridade ao transporte coletivo, aos modos ativos de transporte, não é nada mais do que seguir o que a legislação já manda. Então, não há nenhuma grande iluminação de um gestor, político ou prefeito. O que há é o cumprimento do que está na legislação. Que precisa ser intensificado.

Com informações da Ag. Brasil e Justificando

Prefeitura apresenta o Plano de Mobilidade de Joinville (SC) – PlanMOB

A Prefeitura de Joinville, disponibiliza no site da Prefeitura de Joinville, o material prévio do Plano de Mobilidade – PlanMOB Joinville para a consulta da população.

O plano será debatido em audiência pública que será realizado no dia 12 de março. O local escolhido é o Centro de Eventos Expoville. O evento será realizado das 19 às 22 horas. Esta audiência é o ato final que precede a oficialização do Plano de Mobilidade de Joinville, por meio de decreto municipal.

Os trabalhos de elaboração do plano foram iniciados no mês de abril de 2014 em atendimento às diretrizes estabelecidas pelo Ministério das Cidades pela Lei 12.587/12, que trata da Política Nacional de Mobilidade.

Segundo a lei, todos os municípios com mais de 20 mil habitantes devem criar seus planos de mobilidade, inseridos em seus planos diretores, até a primeira quinzena do mês de abril de 2015.

Os municípios que não implantarem seus planos de mobilidade até o dia 13 de abril estarão impedidos de receber repasses de recursos federais para ações de mobilidade.

O chamado PlanMob de Joinville foi desenvolvido pela Fundação Ippuj (planejamento de Joinville), Universidade Federal de Santa Catarina e Embarq Brasil – empresa que presta cooperação técnica para implantação dos projetos do PAC da Mobilidade. Assim que for oficializado, o PlanMob passará a figurar como Plano Setorial do Plano Diretor de Joinville, em vigor desde 2008.

Os trabalhos, iniciados em abril do ano passado, envolveram a realização de pesquisas e diagnóstico de indicadores sobre os diversos modos de transporte de pessoas e bens como transporte a pé, coletivo, por bicicleta, de cargas, veículos automotores, ferroviário, aéreo, hidroviário e mobilidade na área rural.

O estudo colheu subsídios em consultas públicas realizadas nas oito Subprefeituras, por meio de formulários disponibilizados em espaços públicos, online via internet e pela pesquisa QualiÔnibus, aplicada diretamente a usuários do transporte coletivo.

Os estudos também passaram por apresentações a entidades como o Movimento Pedala Joinville, Câmara de Mobilidade do Conselho da Cidade e entidades setoriais do transporte de cargas. O PlanMob segue as orientações do Ministério das Cidades, divididas em três  eixos:

1)    Visão sustentável de mobilidade e conceitos a ela relacionados ao contexto físico, social e econômico da cidade.

2)    Apresentação dos objetivos, diretrizes, ações prioritárias, instrumentos, metas e prazos, indicadores, agentes envolvidos e observações relativas a cada eixo temático.

3)    A implementação do plano e procedimentos para sua institucionalização, formas de monitoramento e acompanhamento pela população; financiamento, custos e fontes de recursos.

Entre os desafios propostos pelo PlanMob, dentro do conceito de promover mobilidade e acessibilidade a seus habitantes, está o deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano de forma ágil, confortável e segura. O diagnóstico de mobilidade de Joinville hoje é de um cenário desfavorável ao deslocamento dos pedestres pela má qualidade dos passeios.

A malha cicloviária necessita ser ampliada e priorizada a continuidade de seu traçado integrando o existente com o proposto. Atualmente, a cidade tem 125 km de vias cicláveis, sendo possível ampliá-la para mais de 700 quilômetros.

Outro destaque são as vias preferencias do transporte coletivo, que hoje tem apenas 14 km e pode ser, no futuro, de 80 km, com qualificação dos abrigos e estações de integração.

O PlanMob também aponta a necessidade de intervenções no sistema de transporte individual, transposição da linha férrea, transporte hidroviário e outras ações na direção da construção de uma Joinville sustentável com fortalecimento da gestão pública, prioridade aos transportes coletivos e não motorizados, inclusão social, na gestão democrática e na sustentabilidade ambiental.

Com informações da Ascom/PMJ

Estatuto da Metrópole: Comissão debate gestão e financiamento de políticas públicas

A comissão especial que analisa o Projeto de Lei conhecido como Estatuto da Metrópole (PL 3460/04) promoveu um debate, na terça-feira (17), sobre a “gestão e financiamento das políticas setoriais das regiões metropolitanas”, coordenado pelo deputado federal Mauro Mariani (PMDB/SC), presidente da comissão.

Através do projeto, busca-se estabelecer um marco para a cooperação de serviços públicos comuns a diversos Municípios que integram as regiões metropolitanas, já que desde a Constituição de 1988 os estados são responsáveis por criá-las, e não há critérios para serem instituídas, nem mecanismos que regrem a gestão compartilhada dos espaços urbanos.

Conforme dados apresentados pelo representante do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Igor Vinicius Geracy, atualmente existem no País 64 regiões metropolitanas, que integram 1.058 Municípios. Curiosamente, Santa Catarina se destaca por ter apenas nove cidades que não fazem parte de nenhuma região metropolitana.

Para Renato Baldim, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), “as regiões metropolitanas inexistem efetivamente”. Ele questiona a fragilidade dos municípios que não atuam de forma integrada. No último ano, por exemplo, 77% das regiões metropolitanas não reuniram as cidades que as compõem. Segundo Renato, falta definir o que é cidade e o papel das regiões metropolitanas, muitas vezes adotadas para se conseguir recursos federais. “Como não há política regional nesse País, se recorre à região metropolitana. O que evidencia a falência de regionalização”, destaca.

O representante da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Hilton Leal Silva, durante a audiência ressaltou a necessidade de aperfeiçoamento dos critérios técnicos que serão utilizados para a definição dos territórios a serem atendidos pela política, caso seja aprovado o projeto de lei. Nesse sentido, a entidade defende o desenvolvimento de metodologia que incorpore todos os Municípios em níveis de gradação, em uma política que atenda as distintas realidades das cidades inclusas nas regiões metropolitanas.

Participaram também do debate a superintendente de Planejamento e Gestão Territorial da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, Graça Torreão; e o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Universidade de Brasília, Antonio Sérgio Fernandes.

Esse debate foi o segundo de uma série de três audiências temáticas que serão realizadas em Brasília com o objetivo de subsidiar o relatório do Estatuto da Metrópole. Na semana passada se discutiu a “conceituação de região metropolitana”.

Joinville sedia Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes

Acontece entre os dias 28 de outubro a 01 de novembro, no Centro de Convenções do Hotel Bourbon, em Joinville (SC), o XXVI ANPET – Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes. O evento, realizado pela Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conta com o apoio das principais universidades do país e incluirá em seu temário aspectos técnicos, gerenciais, políticos, ambientais, econômicos e sociais relativos a todas as modalidades de transporte.

O XXVI ANPET deverá reunir aproximadamente 400 participantes e nele serão apresentados e discutidos mais de 250 artigos técnicos e científicos relativos a transportes. O Congresso abrigará também Workshops, Minicursos e Conferências que irão discutir os avanços tecnológicos e científicos do setor.

Está será a primeira vez que o Congresso da ANPET será realizado fora de uma capital brasileira. Segundo o Presidente da Comissão Organizadora, Acires Dias, diretor geral da UFSC Joinville, a cidade foi escolhida porque concentra o setor de produção e escoamento do estado. É um referencial para buscar alternativas de mobilidade e tem condição geográfica para o evento.

Objetivo
O Congresso permitirá a discussão de temas de grande interesse para os profissionais que atuam no setor, possibilitando que todas as esferas ligadas às atividades de transportes, seja acadêmica, científica, profissional, governamental ou privada, possam apresentar seus problemas e soluções, discuti-las e refletir sobre possíveis ações num ambiente cooperativo e instrutivo.

O XXVI ANPET espera contribuir para o aprimoramento científico e tecnológico de todas as modalidades de transportes e para a adoção de políticas que atuem como fatores de desenvolvimento e inclusão social para o Brasil, e em particular para a Santa Catarina. O Congresso promove a congregação da comunidade técnico-científica do setor de Transportes e tem como objetivos, dentre outros:

  • Fomentar a transferência de tecnologia gerada nos centros de pesquisa para o setor produtivo por meio de incentivos à participação de interlocutores extra-acadêmicos no evento e pela inclusão de atividades que possibilitem ocasiões para essa transferência de tecnologia;
  • Fortalecer a presença da ANPET, das Instituições de Pesquisa e Ensino em Transportes e do setor produtivo do País na definição e execução das políticas e dos programas setoriais regionais e federais;
  • Ampliar a discussão sobre atividades e ações no setor de transporte que envolvam a participação conjunta de pesquisadores, acadêmicos, profissionais, gestores públicos e setor produtivo fomentando a constituição de redes cooperativas para o desenvolvimento conjunto de pesquisas;
  • Permitir a troca de experiências entre pesquisadores de instituições de pesquisa dedicadas ao tema transportes, contribuindo para o avanço quantitativo e qualitativo da pesquisa em transportes no país;
  • Melhorar a qualidade e o rigor científico dos trabalhos apresentados, contribuindo assim para o avanço quantitativo e qualitativo da pesquisa em transportes no país.

Público-alvo

Pesquisadores, professores e alunos de pós-graduação e graduação da área de transportes do Brasil e do exterior. Autoridades, dirigentes, técnicos e especialistas de órgãos e empresas do governo, nos níveis federal, estadual e municipal. Membros de associações e entidades e profissionais de empresas que atuam na área de transporte, energia e infraestrutura, concessionárias de rodovias, portos e aeroportos; empresas de transporte de carga e de passageiros; empresas de consultoria; empresas de construção de sinalização e outras.

Programação

28 DE OUTUBRO DE 2012 – DOMINGO
Credenciamento (a partir das 16h)
Solenidade de abertura/Lançamento da Revista ANTT
Coquetel (20:30h)
29 DE OUTUBRO DE 2012 – SEGUNDA-FEIRA
Reunião: Sociedade Brasileira de Planejamento em Transportes
Reunião Diretoria ANPET /
Minicursos, Seminários, Mesas Redondas, Workshops e Painéis
Lançamento do livro: Polos Geradores de Viagens Orientados à Qualidade de Vida e Ambiental (Hall interno)
Entrega de Prêmios: Concurso De Monografia CBTU
30 DE OUTUBRO DE 2012  – TERÇA-FEIRA
Minicursos, Seminários, Mesas Redondas, Workshops e Painéis
Sessões Técnicas
Jantar de Confraternização
31 DE OUTUBRO DE 2012 – QUARTA-FEIRA
Minicursos, Seminários, Mesas Redondas, Workshops e Painéis
Sessões Técnicas
Sessão Solene de Encerramento
01 DE NOVEMBRO DE 2012 – QUINTA-FEIRA
Visitas Técnicas

 

Deficientes visuais que trabalham na indústria paulista ganham cães guia

O SESI-SP e o Instituto Meus Olhos tem 4 patas, com o apoio da Fundação DorinaNowill, lançam terça-feira (5), na sede da Fiesp, o Projeto Cão-Guia SESI-SP. A iniciativa para transferência de tecnologia social beneficiará deficientes visuais que trabalham na indústria paulista. O projeto contempla a criação, treinamento e doação de cães-guias para industriários com deficiência visual, permitindo mobilidade autônoma e segura a esse público.

Em sua primeira etapa, os 32 filhotes de cães das raças Labrador e Golden, adquiridos pelo SESI-SP, serão entregues a famílias acolhedoras, selecionadas pela entidade, para diferentes vivencias e situações que permitirão equilíbrio comportamental aos futuros cães-guias.

No segundo momento, os animais serão encaminhados ao centro de treinamento do Instituto Meus Olhos tem 4 patas para adestramento intensivo e especializado. Nessa etapa, o cachorro será avaliado, permanentemente, por treinadores qualificados. O treinamento terá duração de 6 a 8 meses, dependendo da evolução do animal.

Já no terceiro momento, os cães escolhem seu futuro dono e passam por um período de instrução com seu futuro dono. Os cães-guias serão doados gratuitamente aos industriários com deficiência visual, previamente selecionados pelo SESI-SP. Estima-se que no Brasil tenha 16 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo cerca de 2,6 milhões vivendo em São Paulo.

No site do SESI-SP é possível se inscrever para se tornar uma família acolhedora. Dúvidas e informações sobre quem pode adotar, quais as regras para adoção e como deve ser o manejo dos futuros cães-guias podem ser esclarecidas acessando http://www.sesisp.org.br/caoguia/

Da Época SP

Acessibilidade – Prefeitura investe em capacitação dos servidores (Boa!)

Acessibilidade_Direito_de_TodosPela importância do tema, por sua universalidade, alcance e modernidade, publico aqui texto da assessoria de imprensa da Prefeitura de Joinville sobre curso de capacitação dos servidores, parte deles, para o tema acessibilidade. Lamento que tenham esquecido de dizer que o especialista na área que defende acessibilidade há anos por todo lugar onde passa, arquiteto Mário Cézar Silveira, está palestrando para esses servidores. Mas eu faço aqui o registro ao grande Mário Cézar:

“Os mais de 250 servidores públicos municipais que participam da “Oficina de Qualificação em Acessibilidade” terão (sic) na manhã desta quarta-feira (16/3), a partir das 10 horas, uma atividade diferente. Eles experimentarão caminhar de cadeiras de rodas, muletas, andadores e óculos que simulam baixa visão ou cegueira.

Rita de Cássia Fernandes, uma das organizadoras do curso e coordenadora do Comitê de Acessibilidade de Joinville, destaca que este será um exercício importante para todos os participantes da oficina. “Além de conhecer, na teoria, a importância da infraestrutura do município ser adequada para todos os tipos de público, é fundamental que cada um sinta na pele o que é caminhar por uma calçada mal sinalizada, com buracos etc.”, salienta. Rita ainda enfatiza que será um exercício de empatia e complementará o primeiro e o segundo módulo da Oficina, que é de Sensibilização.

A “Oficina de Qualificação em Acessibilidade” é uma ação da Prefeitura de Joinville, promovida pelo Comitê de Acessibilidade do Município e Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (COMDE). É uma das ações organizadas para cumprir o compromisso público “Cidade Acessível é Direitos Humanos”, firmado no ano passado com o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Pessoa com Deficiência, serviço ligado à Presidência da República.

Cada secretaria, fundação e autarquia da Prefeitura disponibilizou, no mínimo, 5 servidores para participar da oficina, que repassarão as informações ao restante da equipe. Sérgio Luiz Ferreira, presidente do COMDE, destaca a importância desta qualificação quando lembra que uma cidade acessível é para todos. “Não só os cadeirantes ou deficientes visuais são beneficiados com a acessibilidade; pense nas gestantes, nos idosos e engessados, eles também precisam e na mesma intensidade. É nosso papel lutar pelo bem-estar de todos, sem exceção”, finaliza.

A “Oficina de Qualificação em Acessibilidade” teve início na segunda-feira (14/3) e se estende até o dia 1º de abril, sempre das 8 às 18 horas, na Faculdade Anhanguera (rua Florianópolis).”