Maior parte dos eleitores tem ensino fundamental incompleto, diz TSE

votoO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, nesta terça-feira (29), o perfil dos 142,8 milhões eleitores aptos a votar nas eleições de outubro. De acordo com os dados, a maioria do eleitorado tem ensino fundamental incompleto, faixa que representa 30,2% (43,1 milhões). Em comparação a pleitos anteriores, o número ficou estável.

O levantamento também mostra que 12% dos eleitores (17,2 milhões) apenas leem e escrevem. Analfabetos somam 5% (7,3 milhões). O percentual de eleitores que não terminou o ensino médio é de 19,2% (27,4 milhões). Em seguida, aparecem aqueles que conseguiram terminar essa etapa de ensino, 16,6% (23,7 milhões). Somente 5,5% dos eleitores (7,9 milhões) concluíram curso superior. Na comparação com os dados das eleições de 2008, 2010 e 2012, todos os números ficaram estáveis.

Nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, o percentual de eleitores com ensino fundamental completo varia entre 28% e 33%. A pesquisa é feita com é baseada nas informações que o eleitor presta à Justiça eleitoral quando se cadastra para votar.

Aumento

Ainda conforme os números divulgados hoje pelo TSE, o eleitorado brasileiro cresceu 5,17% nos últimos quatro anos, saltando de 135.804.433 votantes, em 2010, para 142.822.046, aumento de cerca de 7 milhões.

A região Sudeste concentra o maior número de pessoas aptas a votar, 62.042.794 (43,44%), seguida do Nordeste, 38.269.533 (26,80%), Sul, 21.117.307 (14,79%), Norte, 10.801.178 (7,57%) e Centro-Oeste, 10.238.058 (7,17%).

Com 898 eleitores, a cidade de Araguainha (MT) é o menor colégio eleitoral do país, de acordo com TSE. Já São Paulo, com 8.782.406 eleitores, é o maior colégio eleitoral municipal. No pleito de 2014, os eleitores residentes no exterior somam 354.184, 0,25% do total do país. Em relação à disputa de 2010, houve um crescimento expressivo, de 76,75% do total de votantes fora do Brasil. Esses eleitores estão em 118 países – quase a metade, nos Estados Unidos.

Para o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, o crescimento de votantes fora do Brasil cresceu devido à maior divulgação e à abertura de consulados brasileiros. “Penso que houve maior divulgação dessa possiblidade de voto no exterior e um aprimoramento da relação com o Itamaraty, facilitando e ampliado o acesso de brasileiros no exterior aos nossos consulados. Também houve um incremento grande do número de consulados nos países com que o Brasil tem relações diplomáticas”.

Segundo o TSE, a maioria do eleitorado brasileiro é formada por mulheres, com 74.459,424 (52,13%), enquanto os homens somam 68.247.598 (47,79%). Em 2010, as mulheres eram 70.252.943 (51.82%) e os homens, 65.282.009 (48,07%).

Jovens

Apesar de o eleitorado brasileiro ter crescido 5,17% nos últimos quatro anos, a participação dos jovens aptos a votar em 2014 será menor do que em 2010. Enquanto no último pleito geral os eleitores com 16 anos eram 900.807 (0,66%), no dia 5 de outubro, eles serão 480.044 (0,34%), uma redução de 420 mil eleitores.

Já o percentual de idosos aptos a votar cresceu no mesmo período. Em 2010, os eleitores com 60 anos ou mais eram 20.769.458 (15,29%). Este ano, 24.297.096 (17,01%) idosos estão em condições de votar.

Na faixa etária até 17 anos também houve redução do número de pessoas aptas a votar. Em 2010, 1.490.545 estavam aptas a participar das eleições. Este ano, 1.158.707 poderão votar – diferença de 331.838 eleitores.

Para o presidente do TSE, ministro Dias Tofolli, essa redução se deve, entre outros pontos, ao envelhecimento da população. Perguntado sobre a possibilidade de um desinteresse do eleitorado mais jovem em relação à política, o ministro disse que essa análise não é da responsabilidade do tribunal. “Isso quem tem responder são os pesquisadores e a imprensa”.

De acordo com o tribunal, o maior percentual de eleitores está na faixa etária de 25 a 34 anos. Ao todo, eles são 33.268.757 (23,29%). Em 2010, os eleitores nessa faixa etária eram 32.790.487 (24,15%). Os eleitores com idade entre 45 a 59 anos são 33.790.849 (23,66%). Nas ultimas eleições gerais, eles eram 30.753.427 (22,65%).

Do Congresso em Foco.

Definida pré-candidatura de Afrânio Boppré ao governo de SC

afranioO PSOL definiu no último domingo a pré-candidatura do vereador e economista Afrânio Boppré ao governo de Santa Catarina. A decisão se deu durante a Conferência Eleitoral do partido, com representantes de 14 municípios do Estado.
O deputado estadual Sargento Soares foi indicado como possível nome ao Senado. Entretanto, o parlamentar solicitou alguns dias para consultar as bases do movimento da Polícia Militar, liderados pela Aprasc.
Segundo Afrânio, o governador Raimundo Colombo tenta construir uma “mega-aliança” para construir um cenário eleitoral sem adversários. “o PSOL é a alternativa para combater a velha política. É o partido capaz de fazer valer a energia que mobilizou o Brasil no mês de junho.Nosso compromisso é de mudança em Santa Catarina e no Brasil”.
Os socialistas se reuniram na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Previdência (Sindprevs-sc), e além de definirem o nome do candidato ao governo, debateram o cenário político catarinense e possíveis alianças à esquerda para o pleito.
A Conferência decidiu abrir conversas com o PSTU e o PCB, além de buscar diálogo com outras organizações não partidárias, como as Brigadas Populares e a Consulta Popular.
Perfil
Em seu primeiro mandato de vereador, Afrânio Boppré foi vice-prefeito de Florianópolis (1992-1996) e deputado estadual (2001-2006). Além disso, foi presidente nacional do PSOL (2009-2010) e coordenador da campanha de Plínio de Arruda Sampaio à Presidência da República em 2010. É formado em Economia e Mestre em Geografia pela UFSC, e atualmente, leciona economia no curso de direito do Cesusc, na Capital.
Fonte: Leonel Camasão.

PSC não apoia mais base e deseja lançar pastor Evandro para presidente

pscA insatisfação com a condução política do governo Dilma afastou mais um partido da base aliada. Nesta quarta-feira (12), o PSC decidiu tornar-se bancada “independente” em relação ao Planalto. Não vai mais enviar representantes às reuniões da base governista na Câmara e no Senado, o que, na prática, significa um desembarque da aliança com o PT. “Não haverá oposição pela oposição. Se o governo entender que deve nos convidar, vamos estar à disposição”, disse o líder do partido na Câmara, André Moura (SE). Até então o PSC era presença certa nos encontros. “Ninguém quer saber da Dilma, não, a gente quer cair fora”, explicitou outro deputado do PSC. Hoje, a bancada do partido no Congresso, formada por 14 deputados e um senador, debateu a portas fechadas os problemas da aliança por cerca de uma hora. O líder André Moura adota uma postura amistosa, mas deputados do PSC dizem que a intenção é romper com Dilma. Eles afirmam, no entanto, que a posição não tem qualquer relação com a declaração de “independência” do PMDB. O PSC faz parte do chamado blocão, liderado pelo PMDB e outros partidos que se declaram agora independentes em relação ao governo Dilma, como o PR e o PTB. Ontem (11) a bancada na Câmara já fez coro com a oposição, ao votar a favor da criação da comissão externa que vai apurar denúncias de corrupção envolvendo funcionários da Petrobras. Outro gesto que revela a ruptura da aliança com Dilma é a barreira imposta à formação de alianças nos estados. Nas últimas eleições, quase todos os candidatos do PSC formam aliados regionais do PT. Em fevereiro deste ano, a Executiva Nacional publicou uma resolução em que orienta os diretórios regionais a lançar candidaturas próprias e formar chapas completas. A definição de coligações com outras legendas deve, obrigatoriamente, passar pela aprovação dos membros da Executiva. A meta é eleger 30 deputados federais em outubro. O documento ainda prevê punição para quem se negar a fazer campanha para os candidatos do PSC ou apoiar candidatos federais de outras legendas, sob risco de perder o registro de candidatura ou, no caso de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, responder a processos de expulsão do partido com imediata perda do mandato. O partido, que ganhou maior visibilidade no ano passado com as polêmicas envolvendo o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), pretende lançar o pastor Everaldo à Presidência da República. Na primeira pesquisa divulgada pelo Datafolha com o nome do religioso, há duas semanas, o pré-candidato do partido aparece com 3% das intenções de voto, atrás de Dilma (PT), Aécio (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Pastor da Assembleia de Deus, Everaldo Pereira é vice-presidente nacional do PSC, pai do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) e é quem manda de fato no partido.

Do EBC.

No próximo domingo PSOL definirá candidaturas ao governo e senado

psolO Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) se reúne no próximo dia 16 de março, em Florianópolis, para definir sua estratégia e tática para as eleições de 2014. O partido terá candidaturas próprias em todos os níveis, e vai priorizar a chapa de deputados estaduais em Santa Catarina.

O vereador Afrânio Boppré, de Florianópolis, e o deputado estadual Sargento Amauri Soares, de São José, devem protagonizar as candidaturas majoritárias do partido. Ambos devem concorrer ao Governo do Estado e ao Senado. A definição de quem ocupará cada posição na chapa se dará durante a Conferência.

Além disso, o encontro pretende debater as diretrizes do programa de governo do PSOL e a política de alianças do partido para as eleições, que buscará o diálogo com o PSTU e o PCB.

Soares já declarou que não concorrerá a reeleição na Alesc, o que abre caminho para novas lideranças do partido, como os ex-prefeituráveis Elson Pereira (Florianópolis), Leonel Camasão (Joinville) e Rafael Mello (São José). Juntos, estes três nomes do PSOL marcaram quase 50 mil votos nas eleições 2012. Outra aposta é a possível candidatura do atual presidente da Aprasc, Elisandro Lotin (Joinville). Sucessor de Soares na associação dos praças, Lotin deverá ser o candidato da PM nestas eleições.

Nacionalmente, o PSOL terá candidatura à presidência da república, em chapa formada pelo Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e pela ex-deputada Luciana Genro (PSOL-RS).

Fonte: Leonel Camasão.

PT apoia candidatura à governador do filho de Jader Barbalho

filho-jader-barbalhoCom o apoio do ex-presidente Lula e o aval da presidenta Dilma Rousseff, o peemedebista Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), aposta suas fichas numa aliança com o PT para chegar ao governo do Pará aos 35 anos de idade. Mas enfrenta a resistência de uma ala petista, liderada pela ex-governadora Ana Júlia e pelo deputado federal Cláudio Puty, que lança nesta semana sua pré-candidatura ao governo estadual. O diretório paraense se reúne, ainda este mês, para decidir se apoia Helder ou concorre com candidato próprio. Uma decisão que ganhou maior expectativa nos últimos dias, com o agravamento da crise entre lideranças do PT e do PMDB nacional.

Mas, no que depender de Helder Barbalho, Dilma não tem com o que se preocupar com a decisão do diretório estadual petista. Segundo ele, o palanque do partido no estado só tem espaço para ela. “Nossa candidata é a presidenta Dilma. Vamos apoiá-la qualquer que seja a decisão do PT. Estamos dialogando e vamos respeitar o calendário e as tendências que existem no Partido dos Trabalhadores. Se houver entendimento entre os partidos, o PMDB lançará o candidato a governador e o PT, o candidato ao Senado”, afirma o pré-candidato peemedebista.

Do EBC.

Dilma tem a simpatia dos eleitores mais pobres e menos escolarizados

  A presidente Dilma Rousseff é a líder em intenções de voto para as eleições deste ano, com 47% das intenções de voto, o suficiente para vencer no primeiro turno, informa o jornal “Folha de S. Paulo” deste domingo, que perfilou os eleitores de 2014.

A pesquisa mostra que o típico eleitor brasileiro simpatizante de Dilma tem entre 25 e 34 anos, possui ensino médio e renda familiar mensal baixa, de cerca de R$ 1.448.

As informações surgiram do cruzamento de dados apurados pelo Datafolha no fim de fevereiro junto a 2.614 pessoas. Também foi identificado que o típico eleitor de 2014 mora na região Sudeste, em municípios do interior com menos de 50 mil habitantes.

O cruzamento dos dados mapeou onde cada candidato se sai melhor. No polo oposto aos eleitores de Dilma estão os simpatizantes de Marina Silva (PSB) e de Aécio Neves (PSDB), com renda e escolaridade mais altas.

Pelo menos 30% de quem vota na Marina, por exemplo, tem ensino superior. Já dos adeptos de Dilma, apenas 12% fez faculdade.

Os que votam em Aécio, por sua vez, estão em sua maioria na região Sudeste (57%) e são preponderantemente homens (57%). Ao passo que os adeptos da Dilma estão em sua maioria no Nordeste.

Opinião – Impressões de Brasília

Aliança PT/PMDB está por um fio
Aliança PT/PMDB está por um fio

Brasília é o centro do poder em nosso país, assim como Florianópolis o é em Santa Catarina, Porto Alegre no Rio Grande do Sul, e assim por diante. Estive por lá esta semana a trabalho, garimpando notícias e novidades que agora compartilho com os leitores do Palavra Livre. Neste ano em que teremos eleições, é importante ficar bem informado sobre tudo que rola nos bastidores do poder, distante dos olhos da maioria da população. Confira as impressões de Brasília parte 1:

Aeroportos, obras, transtornos
É uma constatação. As obras nos principais aeroportos do Brasil estão para lá de atrasadas. Em Congonhas, no JK da capital federal, tudo em um ritmo acelerado, mas convenhamos muito atrasado. Falando em atrasos, os voos começaram a atrasar novamente, desde o destino e conexões por consequência. Imaginem o que vai acontecer na Copa do Mundo. Oremos.

Dilma e PMDB
Está por um fio a aliança nacional que se formou a partir do primeiro governo Lula entre o PT e PMDB. Nada transparece para a opinião pública nacional, mas é fato que a intransigência de Dilma em questões menores que desagradam líderes do PMDB afasta o partido da base, lenta, mas profundamente. Para quem vai à reeleição, ficar sem o maior partido do país seria um verdadeiro terremoto.

Dilma x PMDB 2
As maiores reclamações nem são sobre ministérios A ou B, mas do péssimo atendimento político e pessoal aos pleitos de deputados federais, inclusive de Santa Catarina. Arrogância, chá de banco em antessalas, ausência de retornos a pleitos de parlamentares, mesmo os menores, tem ampliado o fosso. Há assessores de ministérios que sequer atendem deputados, mandam esperar por horas. Resultado: forte inclinação para desembarque do governo, liberação do PMDB para negociar alianças por estados, e até o antes inimaginável, aliança com os tucanos.

Volta Lula cresce
Diante de tantos desencontros entre petistas, peemedebistas e outros partidos da base do governo, e sem acenos da Presidenta para a reaglutinaçao de uma base heterogênea ao extremo, já se sente nas conversas o apelo pela volta de Lula. O ex-presidente voltando à ativa e à disputa presidencial, dizem deputados, faria tudo voltar a seu curso normal. Os parlamentares amam Lula, e já chegam a detestar Dilma. Coisas da política tupiniquim. Com Lula, sonhos de Eduardo Campos e Aécio Neves de chegar a um segundo turno ficariam muito distantes. É o sentimento no cerrado hoje.

Por Salvador Neto

Eleições 2014: Novos cenários se abrem com união entre Campos e Marina Silva

Eram quatro horas da manhã, em meio a uma longa reunião após o TSE recusar o registro da Rede, quando Marina Silva surpreendeu integrantes de seu próprio grupo político com a proposta de união com o PSB: “Temos de construir o imprevisível, aquilo que não é esperado”, argumentou a candidata, ao propor a composição com o governador Eduardo Campos. Mostrava-se disposta, segundo os aliados, a abrir mão da cabeça de chapa.

Naquele momento, avaliava que tinha duas opções: ou se transformava “numa Madre Teresa de Calcutá” e conformava-se com a retirada de seu nome da disputa ou dava uma resposta ao governo, que teria atuado para “alijá-la” do processo. Marina chamou o deputado paulista Walter Feldman, ex-PSDB, e pediu para contatar o governador.

Feldman falou com os parlamentares do PSB Márcio França, presidente do partido em São Paulo, Beto Albuquerque, líder na Câmara, e Rodrigo Rollemberg (DF), senador. Foi marcada uma reunião na sexta à tarde, na casa do senador, em Brasília. Dali, Feldman ligou para Campos e sugeriu que ele fosse imediatamente a Brasília conversar com Marina. O governador cancelou sua agenda e às 19h30 chegou à capital federal, em meio a uma forte tempestade.

O encontro com Marina aconteceu na casa da chefe de gabinete de Feldman, Patrícia Chaves. A ex-ministra pediu para Campos levar o seu secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier. A reunião terminou às 22h30. Segundo os presentes, Marina disse a Campos que, caso concordasse com propostas da Rede como as de desenvolvimento sustentável e reforma “das práticas políticas”, então, “estariam juntos”.

Vereador admite inversão de nomes

Integrantes da Rede ressaltam não estar fechado que Marina será a vice. Para o vereador paulistano Ricardo Young (PPS), a candidatura de Campos já está colocada, mas a inversão dos nomes ainda pode ocorrer.

PPS está irritado, mas deve apoiar

Marina se reuniu com dirigentes do PPS na manhã de sábado por duas horas e expôs os motivos pelos quais se uniria ao PSB. Integrantes do PPS ficaram irritadíssimos com ela mas, ainda assim, tendem a apoiarem.

Deputados podem perder mandatos

Os deputados Walter Feldman e Alfredo Sirkis (RJ) assinaram a ficha de filiação no PSB e correm o risco de perderem os mandatos. Feldman estava no PSDB e Sirkis, no PV. Pela lei, só poderiam ingressar em um partido novo.

PT contra fim de Secretaria tucana

Contrário à extinção da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano de São Paulo – anunciada pelo governador Geraldo Alckmin -, o líder do PT na Assembleia paulista, Luiz Carlos Marcolino, apresentou um projeto substitutivo para mudar o nome do órgão e ampliar suas atribuições. Ele quer que o Centro de Estudos da Administração Municipal (Cefam) passe a fazer parte da Secretaria.

Para deputado, Iniciativa é “demagógica”

Ao extinguir a Secretaria, Alckmin “abre mão de uma das poucas proposições positivas de seu programa de governo, em troca de uma iniciativa midiática e demagógica”, diz Marcolino. “É óbvio que a extinção deste órgão não irá trazer qualquer redução significativa na despesa do Estado”. A Secretaria foi criada em 2011 a fim de “elaborar políticas para a região metropolitana”.

Do Brasil Econômico

Política: PSDB não quer prévias para candidatura à Presidência

Os tucanos, decididamente, não querem prévias para escolher o seu candidato à presidência. Se qualquer cidadão perguntar a uma liderança do PSDB se é a favor de prévias, a resposta será sim. A proposta, afinal, está no estatuto do partido. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Geraldo Alckmin e o pré-candidato ao Planalto Aécio Neves defenderam publicamente a ideia. Mas os tucanos, decididamente, não querem prévias para escolher o seu candidato à presidência.

Somente José Serra quer, de fato, o tal processo. Se ele ficar no partido e bater o pé exigindo, elas poderão ocorrer. Mas os principais líderes tucanos vão tentar demovê-lo da ideia. Vão dizer a ele que o PSDB não pode sair dividido para a acirrada disputa com o PT. Entre os tucanos, há uma avaliação de que Serra dará um tiro no pé se realmente sair do partido.

Se for para o PPS, por exemplo, terá escassos minutos na televisão. Serra convenceu-se de que tem o perfil ideal para ser o nome da oposição, principalmente após as manifestações de rua de junho. Julga ter as qualidades exigidas por setores da classe média, como experiência política e administrativa e o conhecimento de economia. Aécio seria o novo, o desconhecido. Mas marqueteiros ligados ao PSDB, como Luiz Gonzales, o avisaram de que não teria chances de conseguir a vaga tucana dessa vez.

Mesmo com seu currículo e bons índices nas pesquisas, Serra tem uma grande rejeição. Assim, o espaço foi ocupado por Aécio. Alckmin evita declarações. Mas está com Aécio. Até o dia 7 de outubro, prazo determinado pela legislação para que candidatos definam a sua legenda, os tucanos aguardarão a definição do ex-governador.

Metrô: promotor oferecerá denúncia

O promotor Marcelo Milani, do Ministério Público de São Paulo, deve apresentar denúncia contra o Metrô paulista e empresas como a Alstom e Siemens no caso da discutida reforma de 98 vagões das linhas 1 e 3.

Mais caro reformar do que comprar

A reforma de cada trem, alguns com mais de 30 anos, teve um custo de 80% do valor de um novo, segundo o deputado licenciado Simão Pedro (PT). O total da reforma: R$ 1,7 bilhão. Especialistas concluiram ser antieconômico.

Secretário falará na Assembleia

O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, dará explicações na Assembleia paulista, no dia 24, sobre as denúncias de cartel na venda de trens. Será ouvido em duas comissões.

Sirkis defende sistema misto

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) apresentará no grupo de trabalho da reforma política da Câmara, na quinta-feira, proposta para estabelecer um sistema eleitoral misto, proporcional e majoritário, com grandes distritos plurinominais (que não elege só um). O eleitor tem dois votos, um para escolher a legenda e outro para um candidato local. Cinquenta por cento dos deputados e vereadores são eleitos por sistema proporcional, com voto de legenda em lista preordenada.

Proposta é inspirada em sistema alemão

Na proposta, inspirada em experiência alemã, a lista de candidaturas terá 30% de participação feminina obrigatória. Há limite de gastos para doadores, fixados pela Justiça Eleitoral. Empresas só podem fazer contribuições para os partidos. Também há redução de gastos com propaganda. Outras sete propostas serão apresentadas em reunião.

Do Brasil Econômico